UMA CASA DE PORTAS ABERTAS
Foi durante os anos 20 do século passado que o meu bisavô, Joaquim, adquire umas parcelas de terra junto à então denominada estrada da palha, e se dedica à agricultura Em 1928 edifica um monte tipicamente alentejano, pois o Alentejo era o seu berço.
O meu avô Inácio herda algumas dessas terras e parte do monte. Ele continua a se dedicar à agricultura familiar como forma de subsistência, instala vinhas e olival. É o meu avô que inicia a produção de vinho, com a construção de uma adega e a criação de animais, com a construção de uma suinicultura. É com este meu avô que começo a ter contato com as terras, os vinhos e os animais, e de certo é isso que me encaminha para o curso de Engenharia Agro-alimentar que me forneceu o conhecimento cientifico.


Com os meus pais e a conjetura do país da altura, a vinha e o olival são arrancados e as terras dedicadas a culturas de regadio.
É em 2012 que conheço o meu marido e companheiro e descobrimos os dois que tinha-mos saudades do sabor dos alimentos que comia-mos em casa de nossos pais.
Sai-mos da cidade, viemos para as terras da família e eu a tempo inteiro e meu marido a tempo parcial decidimos dedicar-nos à produção agrícola de forma totalmente tradicional e dai retirar a nossa subsistência.

É criada a CASA CAMPOS FERREIRA.
Estamos direcionados para a produção de morangos e seus derivados (doces e licores) , no entanto complementamos a nossa atividade com frutas e legumes da época que produzimos para consumo próprio e venda.
Juntando o conhecimento dos dois, atualmente produzimos frutas e legumes de forma tradicional, usamos os princípios basilares da agricultura biológica, juntamos algumas técnicas da permacultura e da agricultura sustentável.
Hoje estamos a criar as condições para alargar a experiência do contato com a terra e animais a quem nos quiser visitar.